segunda-feira, 6 de março de 2017

Arroz e Feijão: mais uma dupla de estrondoso sucesso


Você já reparou que anos atrás não podia faltar no nosso prato a combinação: ARROZ E FEIJÃO? Pois é, as coisas mudaram. Atualmente, quase todos os pratos servidos em restaurantes (e em casa) não levam o delicioso feijão. 

Já temos conhecimento que esses dois alimentos se complementam e tornam nossa refeição de maior qualidade quando ingeridos juntos. Mas por quê? Calma, vou explicar! 

Vamos por partes: 1) Primeiro, o feijão é um alimento fonte de proteínas; essas proteínas são formadas por vários aminoácidos. 2) Temos no nosso corpo 21 aminoácidos que combinados de formas diferentes, compõem várias proteínas; 3) Temos alimentos considerados de alto valor biológico (AVB) e de baixo valor biológico (BVB); 4) AVB: são aqueles alimentos que contém os 21 aminoácidos em sua composição e BVB alimentos que não contém todos; 5) Os alimentos de AVB são os de origem animal, sendo os de origem vegetal de BVB.

Até aqui, ok?

O feijão e o arroz, como alimentos de origem vegetal, são considerados de BVB. No entanto, quando consumidos juntos de tornam uma combinação de AVB, pois o único aminoácido que falta no arroz (metionina) é encontrado no feijão (lisina) e o que falta no feijão é encontrado no arroz. BINGO! 

Combinação perfeita! Arroz e feijão no prato todo dia!

Bom, mas isso não é novidade. 

Um dado interessante é que essa dupla pode também reduzir os riscos de obesidade em crianças. Um estudo brasileiro recente (2016) mostrou que as crianças que comiam almoço tradicional com arroz e feijão como a principal refeição do dia tiveram o menor risco de obesidade. 

Acho que temos motivos suficientes para voltar com o feijãozinho todos dos dias para o nosso prato (ou pelo menos 5 vezes na semana).

Aproveite e... Bom arroz com feijão!

Prato colorido = prato saudável

Referência
Kupek E, Lobo AS, Leal DB, Bellisle F, de Assis MA. Dietary patterns associated with overweight and obesity among Brazilian schoolchildren: an approach based on the time-of-day of eating events. Br J Nutr. 2016; 116(11):1954-1965.

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