segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Fibras, probióticos e os problemas intestinais


Certamente você já teve algum episódio ou apresenta frequentemente constipação intestinal, conhecido como intestino preso ou prisão de ventre. E, muito provavelmente, alguém já te passou uma receitinha infalível para melhorar o quadro. Mas a constipação intestinal sempre volta, não é mesmo?

Bom, mas o que realmente pode auxiliar o funcionamento do seu intestino? Primeiro, a qualidade da sua alimentação. Nada vai adiantar se você não ingere alimentos ricos em fibras. Essas fibras são classificadas em solúveis e insolúveis. Os componentes da fibra, em especial da solúvel, não é absorvido pelo intestino grosso e acabam sendo fermentados por bactérias intestinais. As fibras insolúveis, por sua vez, auxiliam no trânsito intestinal, aumentando o peristaltismo. A ação fermentativa das fibras solúveis resulta em diversos compostos como o ácido lático, ácidos graxos de cadeia curta e gases. A produção do ácido lático beneficia a produção de bifidobactérias e lactobacilos. Essas bactérias benéficas são conhecidas como probióticos. E as fibras solúveis, como frutoligossacarídeos e inulina são conhecidas como prebióticos. São os prebióticos que vão “alimentar” os probióticos no seu intestino. Ou seja, a associação dos dois pode:
  • Estimular o crescimento de bifidobactérias e lactobacilos no cólon;
  • Aumentar os movimentos intestinais e facilitar a eliminação das fezes;
  • Melhorar a permeabilidade intestinal e da função de barreira imunológica intestinal.

Essas ações garantem o bom funcionamento e saúde intestinal, acabando com aqueles desconfortos que você sente quando está com constipação intestinal.

Estes são alguns dos alimentos ricos fibras: frutas, legumes, verduras, alimentos integrais, cerais integrais e aveia.

Agora aproveite e coloque o intestino preguiçoso para funcionar!

REFERÊNCIAS:
Raninen K, Lappi J, Mykkänen H, Poutanen K. Dietary fiber type reflects physiological functionality: comparison of grain fiber, inulin, and polydextrose. Nutr Rev. 2011;69(1):9-21.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Como identificar ingredientes alergênicos em produtos industrializados


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou a RDC nº 26 sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. O principal objetivo deste documento é garantir uma alimentação segura para aquelas pessoas que possuem alergia a algum alimento ou composto. O uso de termos técnicos pode confundir o consumidor e induzi-lo ao erro na hora da compra. 

A RDC abrange alimentos, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia. Inclui, ainda, os seguintes produtos como alergênicos: trigo, centeio, cevada, aveia, crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite, algumas oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas). 

Os alimentos que contiverem alguma dessas substâncias devem apresentar a seguinte informação no rótulo: “ALÉRGICOS: CONTÉM (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO)” ou “ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO)” ou “ALÉRGICOS: CONTÉM (NOME COMUM DO ALIMENTO ALERGÊNICO) E DERIVADOS”.

As empresas tiveram até 2016 para adequar os rótulos. 

Se você é alérgico ou conhece alguém preste atenção no rótulo na hora da compra.

REFERÊNCIA: 
ANVISA. Dispõe sobre os requisitos pararotulagem obrigatória dosprincipaisalimentos que causam alergias alimentares. Resolução – RDC nº 26, de 02 de julho de 2015. Disponível em: http://www.abic.com.br/publique/media/rdc26.pdf

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Chocolate: bandido ou mocinho?


Bom, depende do chocolate que estamos falando. Se estivermos pensando naquele branco ou na versão “ao leite” pode não ser tão mocinho assim.

Na verdade, vamos falar do cacau, principal constituinte do chocolate preto. O cacau pode ser encontrado em sua forma em pó ou nos chocolates ricos em cacau (lembrando que chocolate branco não tem cacau). O fruto do cacaueiro é uma importante fonte de compostos fenólicos, os mais presentes são os flavonoides. Mas o que estes flavonoides fazem pela minha saúde?

Estudos apontam diversos efeitos benéficos ao cacau, entre eles, ação antioxidante, anti-inflamatória e proteção cardiovascular. Pode ser considerado também um importante aliado da nutrição estética. 

Autores sugerem que a ação antioxidante dos flavanóis presentes no cacau atua na redução das concentrações de radicais livres e outros agentes antioxidantes, reduzindo a oxidação de lipídeos, de proteínas e ácidos nucleicos, levando ao rejuvenescimento da pele. Pode contribuir também com a hidratação e redução da escamação.

Mas é MUITO importante lembrar que o teor de cacau, depende do tipo de chocolate, sendo aqueles com concentração de 70%, os mais indicados para o consumo.

REFERÊNCIAS:
Rei J, Medeiros F. Chocolate e os benefícios cardiovasculares. Rev Hosp Univers Pedro Ernesto. 2011; 10(3): 54-59 Seixas D. Compostos Bioativos dos alimentos. São Paulo: VP, 2015.