segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Mamma mia! A completa culinária italiana


Não há quem rejeite um prato italiano. As massas e pizzas oriundas desta terra são verdadeiras tentações. Não é à toa que no filme “Comer, rezar, amar”, a parte da história do “comer” se passa na Itália.

O cardápio italiano tradicional é composto de uma série de preparações simples, que, somadas, compõem uma refeição bastante completa. Embora a culinária do país seja muito parecida, cada província tem características exclusivas.

Nas cidades da região de Lombardia, os ingredientes mais comuns são arroz, manteiga e queijo (gorgonzola é o mais famoso). O risoto de açafrão, bife à milanesa, ossobuco e panetone são provenientes dessa região, mais precisamente de Milão. Em Cremona são muito consumidos salame, mostarda e torrone. Já em Bérgamo, um prato bastante tradicional é a polenta servida com aves assadas.  Na região da Toscana produzem-se o melhor pão e o mais puro azeite virgem, bem como o vinho Chianti.  No sul da Itália, a presença de massas, tomates, berinjelas, peixes e porco dão nome de mediterrânea à região.

Os antipasti são aperitivos ou entradas leves servidas como a primeira preparação de uma refeição. O primo piatto (primeiro prato) pode ser composto de polenta, massa ou risoto. No secondo piatto (segundo prato) são servidos peixe, ave ou carne com legumes ou salada. 

Entre as preparações típicas estão:

Antipasti

Torrada de alho
Carpaccio alla gorgonzola
Azeitonas pretas e verdes
Canapé de fígado de galinha

Primo piatto

Espaguete com molho de vôngole 
Sopa de grão
Nhoque com açafrão
Risoto de camarão

Secondo piatto

Carne assada ao vinho
Frango assado
Costela de porco com alecrim
Bolinhos de carne com hortelã

Acompanhamento do Secondo Piatto

Salada de rúcula com tomate seco
Brócolis ao alho e óleo
Batata sauté
Salada quente de vagem

Sobremesa

Tiramissú
Torta de avelã com morangos e framboesas
Panetone recheado com sorvete
Bolo toscano

Agora que você conhece um pouco sobre essa deliciosa culinária, aproveite e saboreie as preparações italianas.

Buon apetito!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Comida que mexe com meus sentimentos

A depressão é um problema de saúde mental que envolve o corpo, o humor e os pensamentos. Pode afetar alimentação, sono, como a pessoa se sente em relação a si própria e como se pensa sobre as coisas. É importante lembrar que a depressão NÃO é uma tristeza passageira. Pessoas com uma doença depressiva não podem simplesmente “se acalmar” e melhorar. Existem tratamentos que podem durar semanas, meses ou anos. Um tratamento adequado auxilia pessoas com essa doença.

É importante lembrar que a doença pode afetar desde crianças até idosos, sendo este último grupo muito atingido, principalmente quando internados em hospitais ou outras instituições. 

Pesquisas epidemiológicas observaram a relação entre menor consumo de frutos do mar e taxas aumentadas de depressão em todo o mundo. Desde então, estudos são realizados utilizando suplementos de ω-3 EPA e DHA. Os resultados variam, mas quase sempre positivos. 

Um estudo muito recente, de 2017, conduzido por pesquisadores australianos, demonstrou que a intervenção na alimentação é um método eficaz para o tratamento da depressão clínica. Durante o estudo os pacientes foram instruídos a consumir mais de 12 grupos de alimentos, que incluíam grãos integrais, frutas, legumes, vegetais, nozes, frutos do mar, frango e carnes magras; e reduzir ingestão de açúcar, amidos refinados e alimentos ultraprocessados.

Foi possível observar uma diferença estatisticamente significante no grupo de indivíduos que  modificou seu hábito alimentar através da Dieta Modificada Mediterrânea (ou Dieta Modi-Medi), como chamaram os pesquisadores.

Esta dieta foi formulada de acordo com as recomendações do governo australiano e do governo grego, e dados de estudos anteriores que determinaram quais os fatores dietéticos desempenharam o maior papel na luta contra a depressão.

A ciência encontra na intervenção nutricional cada vez mais eficácia para tratar a depressão.

REFERÊNCIAS:
Jacka FN, O’Neil A, Opie R, et al. A randomised controlled trial of dietary improvement for adults with major depression (the “SMILES” trial). BMC Medicine. 2017; 15:23.
MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 1227 p.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mas é tão bom comer porcaria...


Você que não perde a oportunidade de ir a uma rede fast food sempre que vai ao shopping, parece que temos mais um motivo para não comer lá novamente. 

Além de já termos discutidos várias vezes sobre o consumo exagerado e frequente de fast food e sua relação com o desenvolvimento de diversas doenças, agora, estudos vêm apontando que as embalagens podem estar contaminando o produto.

Foi o que pesquisadores norte-americanos mostraram em um artigo publicado na revista científica Environmental Science and Technology Letters. 

Os produtos vendidos na rede de fast food vêm embrulhados em papéis ou caixas à prova de gordura que contêm substâncias conhecidas como per- e polifluoroalquilo (PFAS). Essas substâncias são produtos químicos antiaderentes que podem contaminar os alimentos.

Foram avaliadas mais de 400 amostras de 27 redes de fast food nos Estados Unidos. Seis delas continham um tipo de PFAS que traz riscos à saúde. Quase metade dos embrulhos de papel e 20% das embalagens de papel cartão continham flúor (marcador de produtos químicos altamente fluorados usados em tapetes, utensílios de cozinha).

Embora, ainda não tenhamos estudos mostrando que essas substâncias em embalagens tenha impacto na saúde humana, os autores do trabalho alertaram que a exposição à PFAS está associada com desordens da glândula tireóide, câncer e diminuição da fertilidade.

A boa notícia é que existem outras substâncias não fluoradas que podem substituir as PFAS em embalagens de alimentos.

REFERÊNCIA:
Schaider LA, Balan AS, Blum A, Andrews DQ, Strynar MJ, Dickinson ME, et al. Fluorinated Compounds in U.S. Fast Food Packaging. Environ. Sci. Technol. 2017 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A saudável comidinha da mamãe


Cada vez mais encontramos crianças e adolescentes com excesso de peso. Seja pela alimentação, pelo sedentarismo ou pela genética, essa realidade está dia mais perto de nós.
  
Embora os adolescentes adorem realizar suas refeições em fast foods, em frente ao computador ou vídeo game, essa não parece ser uma boa estratégia para manter uma boa alimentação, em termos quanti e qualitativos.

Um estudo conduzido no Brasil mostrou que realizar as refeições em família, aumentou e melhorou o consumo de verduras e legumes e reduziu o consumo de macarrão instantâneo entre meninas adolescentes da cidade de São Paulo.

O estudo avaliou alunas de 10 escolas técnicas por todas as regiões de São Paulo. Foram avaliadas 142 adolescentes através de sessões de educação física, seminários, workshops culinários e troca de mensagens pelo aplicativo Whatsapp. O estudo enfatizou a importância das refeições em família.

Os resultados foram muito interessantes. Foi possível observar maior consumo de verduras e legumes, escolha de alimentos com menor teor de gordura, além de uma redução no Índice de Massa Corporal e circunferência da cintura. As alunas que sofreram a intervenção apresentaram menos tempo de computadores nos finais de semana e atividades sedentárias. 

Realizar refeições em família pode trazer benefícios nutricionais e emocionais. 

Utilize estratégias para aproximar seus filhos durante as refeições. Assim você consegue conhecer seu hábito alimentar e, se possível, interferir, de modo que ele faça mudanças como aumento de frutas, legumes e verduras. 

Saiba se seu filho anda se alimentando em lanchonetes e quais suas preferências. Uma alternativa é preparar lanches parecidos (mais saudáveis) em casa. Deixar disponíveis legumes para incluir nas principais refeições. 

Faça mais: convide seus amigos para almoçar, jantar ou lanchar em casa. Desta forma, é possível melhorar a qualidade da alimentação e aproveitar mais o tempo com os adolescentes da casa. 

Ah! Isso tudo dá trabalho? Eu não tenho a menor dúvida. Tudo tem um preço. Quando ele for um adulto saudável, você entenderá o esforço que fez agora. 
Vamos lá! A hora de mudar é agora.

REFERÊNCIA:
Leme AC, Lubans DR, Guerra PH, Dewar D, Toassa EC, Philippi ST. Preventing obesity among Brazilian adolescent girls: Six-month outcomes of the Healthy Habits, Healthy Girls-Brazil school-based randomized controlled trial. Prev Med. 2016; 86:77-83.